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sábado, 18 de junho de 2011

A FILOSOFIA DAS ARTES MARCIAIS

1.JIU JTSU BRASILEIRO- HISTÓRIA


Na década de 20, Hélio Gracie era um menino franzino, com problemas de saúde. Por isso, Carlos recebera ordens do médico da família para que não ensinasse o jiu-jitsu ao irmão. Hélio, muito frágil, com vertigens e desmaios quase diários, estava impedido até mesmo de freqüentar escola e ficava o dia inteiro assistindo às aulas do irmão mais velho.

Até que um dia, como havia um aluno esperando e Carlos não chegava, Hélio (então 14 anos) propôs-se a passar instruções da aula. E fez de tal forma que, quando Carlos chegou, o aluno pediu que, desse dia em diante, as suas aulas fossem dadas por Hélio, que nunca tinha recebido uma aula sequer.Com extraordinário talento e persistente, para compensar os seus franzinos 60 quilos, Hélio Gracie aperfeiçoou a técnica a ponto de torná-la praticamente imbatível, dando origem no que hoje é mundialmente conhecida com jiu-jitsu brasileiro.

Aos 16 anos, na sua primeira luta em público, venceu em 30 segundos o então campeão brasileiro de boxe, Antônio Portugal.

Com 18 anos, derrotou o vice-campeão mundial de vale-tudo, Fred Ebert. Venceu em quatro minutos, o campeão de capoeira Caribé, que desafiara através da imprensa. Enfrentou e venceu, sem descanso entre as lutas, doze fulizeiros navais escolhidos entre os mais fortes de toda a corporação. O mais leve pesava 90 quilos. O japonês Massagoishi, campeão de sumô, que tinha o dobro do tamanho de Hélio Gracie, foi por ele derrotado em menos de cinco minutos.Os japoneses começaram a demonstrar preocupação com a invencibilidade de um brasileiro nessa antiga arte marcial do Japão, e passaram a mandar de lá seus melhores lutadores, para enfrentar Hélio Gracie, que enfrentou vários adversários japoneses e continuava invicto. Para derrubar definitivamente a invencibilidade do brasileiro, vieram do Japão os dois maiores lutadores o campeão mundial, Kimura, e o vice, Kato. Mesmo tendo duas costelas fraturadas em um treino, Hélio Gracie enfrentou Katô em um rinque no gramado do Maracanã e a luta terminou empatada. Na revanche em São Paulo, a vitória de Hélio, em seis minutos, deixou perplexa a colônia japonesa.


Princípios morais
Por influência de Carlos Gracie, Hélio adotou vida frugal. Sempre fez da técnica e da dignidade do esporte uma bandeira e hoje, na lucidez dos seus 95 anos de idade, antes de morrer, se entristecia ante o mau uso dessa técnica e a deturpação dos conhecimentos milenares que deram origem às artes marciais.

Protestando contra a imagem de violência de muitos inescrupulosos mercenários das diversas modalidades de luta marcial ele apelava para a responsabilidade das academias e das associações na formação moral dos jovens atletas e defende maior rigor para o funcionamento dessa entidades, em nome dos princípios éticos e das elevadas tradições filosóficas do jiu-jitsu.

Seus filhos, sobrinhos e discípulos transmitem as técnicas do jiu-jitsu brasileiro em todo o mundo e participam vitoriosamente das principais competições internacionais. Seu filho Rorion Gracie, vivendo hoje nos Estados Unidos, criou uma academia de jiu-jitsu e Royce Gracie consagrou-se como um dos maiores campeões do mundo nesta modalidade.

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