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sábado, 3 de março de 2012

Doença do Beijo

O que é?
É uma síndrome clínica caracterizada por mal-estar, dor-de-cabeça, febre, dor-de-garganta, aumento de gânglios ou ínguas localizadas no pescoço ou generalizadas e inflamação do fígado (hepatite) leve e transitória. Na maior parte das vezes (79% dos casos) tem como agente causal o vírus chamado Epstein-Barr (EBV), mas pode também ser causada pelo Cytomegalovirus (CMV) em aproximadamente 21% dos casos. Acomete mais freqüentemente adolescentes e adultos jovens, mas pode acometer mais velhos e crianças pré-adolescentes. Pela freqüência e por tradição aqui trataremos apenas da infecção pelo vírusEpstein-Barr deixando a infecção pelo Cytomegalovirus para outro capítulo.
A doença passou a ter maior relevância em função de diversos tumores envolvendo um tipo de glóbulo branco, os linfócitos do tipo B, que é a célula que abriga o vírus quando da infecção, apresentarem no código genético de suas células o mesmo código do vírus o que levantou a suspeita , hoje confirmada, de que estas infecções contribuiriam com a causa destes tumores. Isto passou a ter relevância maior ainda no novo cenário de crescentes populações de “imunosuprimidos” (pessoas cujas defesas imunológicas estão diminuídas), seja em decorrência de infecção (SIDA ou AIDS) seja por tratamento anti-rejeição , no caso dos transplantados ou como decorrência de tratamento contra o câncer.
Como se adquire?
Normal e mais freqüentemente a infecção é adquirida pelo contato de saliva contaminada pelo vírus com a mucosa da boca e da garganta de pessoa que não teve contato anterior com este germe. Pode-se adquirir também, embora que raramente por transfusão de sangue ou outros órgãos e contato sexual. Por ser vírus pouco resistente necessita do contato direto da saliva contaminada com a mucosa. Esta característica junto com a faixa etária de acometimento mais freqüente é a razão pela qual mereceu o apelido de doença do beijo.
O que se sente?
A tríade clássica se constitui de dor-de-garganta, febre e ínguas pelo corpo (linfoadenomegalias em linguagem médica) principalmente no pescoço, mas outros sintomas como mal-estar, dor-de-cabeça, falta de apetite, dores musculares, calafrios, náuseas, desconforto abdominal, tosse, vômitos e dores articulares também podem estar presentes nesta ordem de freqüência. Após o contato a doença leva em média 2 a 3 semanas para manifestar-se (período de incubação), sendo que as manifestações mais freqüentes são a dor de garganta e a febre que tem um padrão diário, vespertino e pode chegar até 40° C. Em 5% dos casos ocorre “rash”, manchas na pele parecido com urticária, uma manifestação comum a outras doenças infecciosas que os médicos denominam de viroses exantemáticas (rubéola, sarampo, etc). Estes sintomas, na maioria dos casos, levam de um a quatro meses para resolverem-se. A população que não adolescente e adulto jovem possui menor possibilidade de desenvolver o quadro clínico completo, muitos casos passando desapercebido, são chamados assintomáticos. Outro achado relevante é o aumento do fígado (10 a 15% dos casos) e baço (50% dos casos). Este último achado surge no início da segunda semana das manifestações clínicas e dura de 7 a 10 dias sendo fator potencial de complicações pois o mesmo torna-se muito frágil podendo romper-se a traumas pequenos, causando uma hemorragia interna com risco de vida.
Como se faz o diagnóstico?
Pelos sintomas e achados que o médico faz durante o exame clínico além de dados que ele levanta durante a entrevista ao paciente. O diagnóstico com precisão é feito através de exames de sangue em que detecta-se a presença de anticorpos no sangue da pessoa doente.
Como se trata?
Como a maioria das doenças causadas por vírus não há tratamento disponível nem mesmo é necessário uma vez que na maior parte das vezes ela é autolimitada. Utiliza-se medicamentos para os sintomas como analgésicos, antitérmicos e se necessário medicamentos contra o enjôo. Recomenda-se para aqueles que apresentam baço aumentado que não pratiquem esportes ou atividades que representem risco de ruptura do mesmo.
Como se previne?
A doença confere imunidade permanente, muito raramente pode apresentar manifestações em uma segunda infecção. Não há necessidade de isolamento dos doentes uma vez que a infecção ocorre apenas com contato muito próximo ou íntimo. Embora a vacinação tenha uma abrangência que vai além da infecção, pois poderia em tese prevenir inclusive alguns tumores de linfócitos (os linfomas), ainda não existe este recurso com a eficiência e segurança recomendável.
Perguntas que você pode fazer ao seu dentista ou ao seu médico?
A que doenças estou mais exposto após ter tido mononucleose infecciosa e que cuidados devo tomar para prevení-las? 




domingo, 26 de fevereiro de 2012

Daltônicos - percebendo as cores de forma diferente



daltonismo trata-se de uma alteração dos cones, células presentes na retina, fundo do olho, responsáveis pela distinção das ondas de cores e é hereditário.Especialistas afirmam que o daltônico não vai enxergar verde onde há vermelho ou vice-versa, mas verá outros tons de cores similares. "Na prática, podem levar vida normal, exercendo atividades cotidianas e até mesmo dirigindo automóveis em grandes cidades, a depender do grau de daltonismo do portador", defendeu.
Na maior parte das vezes, as pessoas podem ver vermelho e verde como tons de amarelo, laranja e bege. As cores azuis também são percebidas de forma diferente. O diagnóstico pode ser feito através de dois métodos sendo um aplicado para o defeito congênito e o outro para o adquirido. "Para diagnosticar o quadro de daltonismo congênito, a técnica japonesa chamada de Método de Ishihara (lê-se ichirrara) é a mais utilizada. Este procedimento consiste na exibição de uma série de 32 cartões coloridos, cada um contendo vários círculos de cores ligeiramente diferentes das situadas nas proximidades. Alguns círculos são agrupados no meio do cartão, exibindo um número que somente será visível para pessoas de visão normal. O número de acertos pode variar conforme o grau e o tipo de daltonismo", explicou a oftalmologista.
Na maior parte das vezes, as pessoas podem ver vermelho e verde como tons de amarelo, laranja e bege. As cores azuis também são percebidas de forma diferente. O diagnóstico pode ser feito através de dois métodos sendo um aplicado para o defeito congênito e o outro para o adquirido. "Para diagnosticar o quadro de daltonismo congênito, a técnica japonesa chamada de Método de Ishihara (lê-se ichirrara) é a mais utilizada. Este procedimento consiste na exibição de uma série de 32 cartões coloridos, cada um contendo vários círculos de cores ligeiramente diferentes das situadas nas proximidades. Alguns círculos são agrupados no meio do cartão, exibindo um número que somente será visível para pessoas de visão normal. O número de acertos pode variar conforme o grau e o tipo de daltonismo", explicou a oftalmologista.
Segundo oftalmologistas o tratamento só evolui em quadros de daltonismo adquirido. "Normalmente só estabiliza quando a causa do defeito visual é sanada, ou seja, quando a lesão no nervo ótico, retina ou no córtex cerebral é tratada. Portanto, pessoas que sofrem de glaucoma, que já foram vítimas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou que passaram por algum tipo de trauma nessas regiões, devem realizar consultas periódicas ao oftalmologista, a fim de diagnosticar qualquer defeito em sua visão", orientou.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Planos de saúde não podem fixar limite com despesa hospitalar

Os planos de saúde não podem estabelecer limite máximo de gastos com internações em hospitais nem prazo máximo de permanência do segurado, segundo definiu o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros da Quarta Turma do STJ entenderam, por unanimidade, que esse tipo de cláusula é abusiva. A decisão não vincula as demais instâncias da Justiça, mas abre precedente para situações semelhantes.

A decisão é da semana passada, mas foi divulgada apenas hoje (22) pelo STJ. Os ministros analisavam o recurso da família de uma mulher que ficou dois meses internada na UTI (unidade de terapia intensiva) devido a um câncer de útero. No décimo quinto dia de internação, a seguradora queria suspender o pagamento alegando que havia sido atingido o limite do contrato de R$ 6.500. Uma liminar garantiu que a empresa continuasse arcando com os gastos até que a mulher morreu.

A cláusula que colocava limite de gasto foi mantida pelo juiz de primeiro grau e pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que entenderam que o contrato era claro ao estabelecer a restrição e que a adesão foi uma opção da segurada. No entanto, os ministros do STJ reverteram a decisão alegando, principalmente, que o valor da cobertura é muito reduzido.

Para o relator, ministro Raul Araújo, a saúde humana não pode ficar sujeita a limites como acontece em um seguro de carro. Ele também lembrou que a legislação da época vedava a limitação desses tipos de prazos. Os ministros também decidiram fixar o valor de R$ 20 mil de dano moral devido à aflição que o episódio causou na paciente e em sua família.

 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

IMPLANTES DENTÁRIOS

Implantes dentários estão cada vez melhores e mais acessíveis


Dentro dos meus vários anos de prática odontológica, não canso de dizer, em cursos, participações em rádio, TV e até mesmo para os meus pacientes, que osimplantes dentários osseointegrados revolucionaram a Odontologia. Nos últimos anos, a estética bucal vem se tornando cada vez mais importante dentro da nossa sociedade, em todas as classes sociais. Os dentes têm importância funcional (mastigação, fala), estética e me atrevo a dizer que têm inclusive importância dentro de uma colocação profissional no concorrido mercado de trabalho que encontramos hoje em dia.

A boa condição bucal é alem de saúde, qualidade de vida. Com essa maior conscientização e necessidade da população, tanto as técnicas quanto os materiais utilizados vêm evoluindo constantemente, o que nos permite atualmente conseguir resultados muito próximos a perfeição. O paciente fica encantado com o trabalho, mas eu como dentista costumo ficar mais fascinado do que ele, pois consigo perceber como evoluímos nas técnicas e nos tratamentos.

Toda essa qualidade de resultados, que acabei de citar, só foi possível para pessoas que tinham ao menos as raízes dos dentes, pois quando perdiam os elementos dentais, com certeza seriam obrigadas a utilizar uma dentadura, que podia ficar um pouco mais presa ou mais solta, um pouco mais ou menos estética, mas era uma prótese total, com todos os inconvenientes que as pessoas sabem que esses trabalhos apresentam.

Quando perdiam apenas um dente, o resultado do trabalho era muito melhor, mas eram obrigadas a fazer desgastes nos dentes ao lado para confecção de uma prótese fixa, sendo assim os dentistas precisavam fazer três dentes para corrigir a perda de apenas um.  

Todos podem se beneficiar

Com a chegada dos implantes, conseguimos acabar com dentaduras soltas e quando se perde apenas um dente, não precisamos mais mexer nos dentes ao lado. Quando surgiram, esses tratamentos só eram possíveis para as classes sociais mais altas. Os pacientes de classes mais baixas, que são normalmente as pessoas que mais perdem elementos dentais, não tinham como pagar pelo tratamento.

Porém, com a evolução da indústria nacional, temos hoje em nosso mercado implantes dentários de excelente qualidade, com vários formatos, diâmetros, comprimentos e superfícies, sendo que o profissional pode escolher o mais adequado de acordo com as necessidades individuais do paciente.

Isso fez também com que o custo dos implantes tivesse uma sensível redução, ficando muito mais perto das possibilidades da maior parte da nossa sociedade. Pode reparar que é muito comum hoje em dia você conhecer alguém que já recebeu um implante dentário, sinal de que o número de pessoas atendidas tem aumentado. 
"Hoje temos no marcado implantes dentários de vários formatos, diâmetros, comprimentos e superfícies, o que possibilita redução nos custos"

As dificuldade iniciais

Mesmo com toda essa evolução, ainda tínhamos alguns problemas com pacientes que não apresentavam quantidade óssea suficiente para receber os implantes dentários (que irão fazer o papel da raiz do dente). Pacientes que perderam os dentes há muitos anos, normalmente não apresentam largura ou altura óssea necessária para a colocação do implantes e muitas vezes não apresentam nem altura e nem largura óssea.

Os pacientes sabem que precisam de enxerto ósseo, mas na maioria das vezes não tem idéia de qual o motivo dessa necessidade. É fácil explicar. Quando perdemos um ou mais dentes, o osso que segurava esse dente, deixa de ter função, de ser estimulado e com isso vai havendo uma reabsorção.

Os implantes têm, de uma maneira geral, diâmetros de 3 a 5 mm. Para colocar um implante de 3,3 mm de diâmetro, precisamos ter ao menos 0,5 mm de osso na frente e o mesmo na parte de trás do implante, somando-se as medidas, precisamos de um osso de 4,3mm de largura. Dentro da quantidade de osso que falta para que o implante fique totalmente envolvido em osso é o que será avaliado para saber qual o tipo de enxerto ósseo e a técnica que iremos utilizar.

Esses problemas ainda não foram totalmente resolvidos, mas estamos caminhando nessa direção. Cada vez mais as técnicas estão sendo simplificadas e as cirurgias estão com maior índice de sucesso, sendo hoje um procedimento de rotina dentro da implantodontia. 

Novos procedimentos

Outra evolução que estamos conseguindo é o uso do PRP, Plasma Rico em Plaquetas. Esta técnica consiste em retirar sangue do próprio paciente, centrifugar, separar as plaquetas e utilizá-las juntamente com outros materiais, osso humano, bovino ou sintético, fazendo uma espécie de gelatina e preenchendo locais que precisem de osso ou fazendo o levantamento do seio da face, que é um dos locais mais comuns de perda óssea alveolar e onde obtemos um grande índice de sucesso na regeneração óssea. Esta técnica de uso de PRP tem sido muito usada também na ortopedia e cada vez mais os pacientes irão ouvir falar, pois esta se tornando mais acessível.

O PRP estimula a regeneração do local onde é colocado, tais como músculos, ossos e outros tecidos. Além de ser uma cirurgia rápida e com ótimo pós-operatório, tem demonstrado um resultado surpreendente. Como disse, no começo do texto, cada vez mais estamos avançando e quanto mais avançarmos, maior a segurança no resultado dos tratamentos, com mais qualidade e menos custos.

Quando for fazer o seu implante dentário, caso tenha pouco osso, converse com o seu dentista quais os métodos disponíveis para sanar esse problema, tenho certeza que sempre vai existir uma solução viável para o seu caso.  

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Saiba o que é ANGINA DO PEITO


                      Apresenta-se sob duas formas, a estável e a instável.
Tanto a instável como a estável têm manifestações ou sintomas semelhantes aos do infarto do miocárdio. Elas podem evoluir para um infarto do miocárdio quando não tratadas.
A angina do peito estável se diferencia do infarto por algumas das características abaixo:
Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.
A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
A dor ou opressão retroesternal passa com o uso de comprimidos sublinguais de nitro derivados. Se a dor não ceder provavelmente se trata de um infarto.
Os sintomas da angina de peito estável variam de pessoa para pessoa, mas, num mesmo indivíduo, costumam ser semelhantes, e num mesmo indivíduo costumam ter os seus fatores desencadeantes bem conhecidos, como fazer força, caminhar no vento frio, subir escadas, atividade sexual, e outras.
Os sintomas da angina de peito instável costumam surgir em repouso ao levantar pela manhã, e são de aparecimento súbito, com dores e desconforto moderado a severo, evoluem rapidamente para um estágio em que há um aumento no desconforto e na dor, tanto na intensidade como severidade.
Alerta!
A angina de peito pode ser considerada uma dor amiga, uma manifestação desagradável, mas que avisa estar acontecendo algo de errado e grave com o coração, fazendo com que a pessoa atingida procure recurso médico antes que a doença se agrave.
Sinais de Alarme
Os mais comuns são:
Pressão e desconforto, dor em aperto no centro do peito que dura mais do que alguns minutos ou que vai e volta.
Dor do centro do peito que irradia para os ombros, queixo, pescoço e braços, mais freqüentemente para o braço esquerdo.
Desconforto no peito com sensação de cabeça leve, sensação de desmaio, suores e falta de ar.
Os menos comuns são:
Dores atípicas, vagas, na boca do estômago, peito ou barriga.
Náusea ou vômitos sem dor no peito.
Respiração curta ou dificuldade de respirar, mesmo sem dor no peito.
Ansiedade inexplicável, fraqueza ou fadiga.
Palpitações, suores frios ou palidez, que às vezes vão e voltam.
Curiosidades
Nos homens a dor pré-cordial é o sintoma mais freqüente, já nas mulheres o cansaço e fadiga extrema são os sintomas mais encontrados.
Nas mulheres é mais freqüente sentir náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo.
Muitas vezes, sintomas outros que não a dor, são sentidos já há muito tempo antes do infarto ocorrer.
A intensidade da dor do infarto varia muito de doente para doente. A dor não necessita ser intensa.
A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em 15% dos atingidos irradia para o braço direito.
Muitos sintomas de doença das coronárias são ignorados pelos pacientes e também pelos médicos. Existem infartos silenciosos, que são revelados ao eletrocardiograma ou outros exames por ocasião de exames rotineiros.
Exija do seu médico que investigue a causa de seus sintomas, principalmente se pertencer a um grupo de risco.
A parte do coração que necrosar, morrer, por ocasião de um infarto não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Logo, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.
Se isso acontecer, se notar uma ou mais de uma das manifestações acima, não espere, vá ou chame imediatamente um serviço de emergência.
50% DAS PESSOAS QUE MORREM DE UM INFARTO O FAZEM NAS PRIMEIRAS HORAS E NÃO CHEGAM A RECEBER ASSISTÊNCIA MÉDICA

sábado, 8 de outubro de 2011

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O QUE É?
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.
O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).
Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias: 
 
O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.
COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE?
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.
O QUE SE SENTE?
Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo se isquêmico ou hemorrágico. Os sintomas podem depender da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem:
Fraqueza:
O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.
Distúrbios Visuais:
A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).
Perda sensitiva:
A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.
Linguagem e fala (afasia):
É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.
Convulsões:
Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.
COMO SE TRATA E COMO SE PREVINE?
Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.
A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.
QUAL É O PROGNÓSTICO?
Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos.

fonte: ABC DA SAUDE

Cadastro de doadores de medula óssea tem 15 mil voluntários no RN


O Hemocentro Dalton Barbosa Cunha (Hemonorte) comemora, nesta quinta-feira, dia 06, o Dia Nacional do Doador Voluntário de Medula Óssea. A celebração da data acontece com uma mobilização junto à população, buscando a reflexão e o esclarecimento de todo o processo de captação e doação de medula óssea.

A concentração das ações acontece na sede do Hemonorte, no horário das 9h às 16h30, com realização de mini palestras sobre a doação de medula óssea e cadastramento de voluntários com coleta de amostras para realização do exame de histocompatibilidade sangüínea (HLA). 

As atividades acontecem com a parceria do Grupo de Apoio à Criança com Câncer, Hatmo (Humanização e Apoio aos Transplantados de Medula Óssea) e Casa Durval Paiva. Também estão sendo realizadas coletas no Posto de Coleta da Zona Norte, na Unidade Móvel localizada em frente à Catedral Metropolitana de Natal e no Natal Shopping.

O Secretário de Estado da Saúde Pública, Domício Arruda, esteve presente na sede do Hemonorte e destacou a importância de ações que envolvam órgãos oficiais e a sociedade civil organizada. "Quero ressaltar a grande importância de movimentos como este, em prol da saúde pública".

Rosemary Oliveira, diretora de apoio técnico do Hemonorte, explica que a programação alusiva ao Dia Nacional de Doação de Medula Óssea vem somar às demais ações educativas realizadas ao longo do ano. "Hoje é um dia de confraternização entre o Hemonorte e seus parceiros, no qual a sociedade é convidada especial para participar e prestar este ato de solidariedade".

A Diretora Geral do Hemocentro, Linete Rocha, ressalta a importância de se trabalhar a qualidade do cadastramento. "O Hemonorte tem feito um trabalho diferenciado de conscientização dos prováveis doadores, pois acreditamos que os voluntários precisam estar conscientes do que significa a doação".

De 2002 a 2010 o Hemonorte cadastrou 15.253 norte-riograndenses junto ao REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea). No Rio Grande do Norte, até a data de hoje (06), 135 pessoas esperam por uma doação de medula óssea.

Cadastramento de Doadores

O cadastramento de doadores é feito mediante a coleta de 5 ml de sangue e o preenchimento de um cadastro contendo dados pessoais. Se a compatibilidade for confirmada o voluntário será consultado para decidir se deseja fazer a doação. No procedimento de doação o doador é anestesiado em centro cirúrgico e a medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação.

O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para portadores de aplasia medular, leucemias e alguns tipos de câncer. A chance de se encontrar uma medula óssea compatível com a de outra pessoa no Brasil é de 1 em 100.000, por isso a existência de um número cada vez maior de pessoas interessadas em doar, facilita a busca por um tipo de medula compatível.

FONTE: SESAP RN