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sábado, 8 de outubro de 2011

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O QUE É?
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.
O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).
Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias: 
 
O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.
COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE?
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.
O QUE SE SENTE?
Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo se isquêmico ou hemorrágico. Os sintomas podem depender da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem:
Fraqueza:
O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.
Distúrbios Visuais:
A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).
Perda sensitiva:
A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.
Linguagem e fala (afasia):
É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.
Convulsões:
Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.
COMO SE TRATA E COMO SE PREVINE?
Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.
A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.
QUAL É O PROGNÓSTICO?
Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos.

fonte: ABC DA SAUDE

Cadastro de doadores de medula óssea tem 15 mil voluntários no RN


O Hemocentro Dalton Barbosa Cunha (Hemonorte) comemora, nesta quinta-feira, dia 06, o Dia Nacional do Doador Voluntário de Medula Óssea. A celebração da data acontece com uma mobilização junto à população, buscando a reflexão e o esclarecimento de todo o processo de captação e doação de medula óssea.

A concentração das ações acontece na sede do Hemonorte, no horário das 9h às 16h30, com realização de mini palestras sobre a doação de medula óssea e cadastramento de voluntários com coleta de amostras para realização do exame de histocompatibilidade sangüínea (HLA). 

As atividades acontecem com a parceria do Grupo de Apoio à Criança com Câncer, Hatmo (Humanização e Apoio aos Transplantados de Medula Óssea) e Casa Durval Paiva. Também estão sendo realizadas coletas no Posto de Coleta da Zona Norte, na Unidade Móvel localizada em frente à Catedral Metropolitana de Natal e no Natal Shopping.

O Secretário de Estado da Saúde Pública, Domício Arruda, esteve presente na sede do Hemonorte e destacou a importância de ações que envolvam órgãos oficiais e a sociedade civil organizada. "Quero ressaltar a grande importância de movimentos como este, em prol da saúde pública".

Rosemary Oliveira, diretora de apoio técnico do Hemonorte, explica que a programação alusiva ao Dia Nacional de Doação de Medula Óssea vem somar às demais ações educativas realizadas ao longo do ano. "Hoje é um dia de confraternização entre o Hemonorte e seus parceiros, no qual a sociedade é convidada especial para participar e prestar este ato de solidariedade".

A Diretora Geral do Hemocentro, Linete Rocha, ressalta a importância de se trabalhar a qualidade do cadastramento. "O Hemonorte tem feito um trabalho diferenciado de conscientização dos prováveis doadores, pois acreditamos que os voluntários precisam estar conscientes do que significa a doação".

De 2002 a 2010 o Hemonorte cadastrou 15.253 norte-riograndenses junto ao REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea). No Rio Grande do Norte, até a data de hoje (06), 135 pessoas esperam por uma doação de medula óssea.

Cadastramento de Doadores

O cadastramento de doadores é feito mediante a coleta de 5 ml de sangue e o preenchimento de um cadastro contendo dados pessoais. Se a compatibilidade for confirmada o voluntário será consultado para decidir se deseja fazer a doação. No procedimento de doação o doador é anestesiado em centro cirúrgico e a medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação.

O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para portadores de aplasia medular, leucemias e alguns tipos de câncer. A chance de se encontrar uma medula óssea compatível com a de outra pessoa no Brasil é de 1 em 100.000, por isso a existência de um número cada vez maior de pessoas interessadas em doar, facilita a busca por um tipo de medula compatível.

FONTE: SESAP RN

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Plano deve custear tratamento hospitalar de paciente em São Paulo

Um paciente que sofre de diabetes, problemas renais e pulmonares conseguiu uma liminar que determina que o Plano de Saúde Unimed Natal assuma, a partir do dia 22 deste mês, todas as despesas do tratamento médico-hospitalar necessitado pelo autor J.M.M.M., para tratamento de sua saúde, inclusive aquelas advindas de tratamento em unidades de saúde não conveniadas com a Unimed dentro da excepcionalidade.

Com a decisão judicial do juiz Cleofas Coêlho de Araújo Júnior, da 2ª Vara Cível de Natal, a Unimed Natal - Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico fica obrigada a contratar diretamente a unidade hospitalar que o autor já se encontra internado (Hospital Sírio-Libanês - São Paulo/SP). Se a empresa deixar de cumprir injustificadamente a ordem judicial, no prazo de um dia, contados da ciência da decisão, incidirá em multa única fixada em R$ 100.000,00, a qual se reverterá em favor do autor, sem prejuízo da adoção de outras medidas coativas que visem a satisfação do direito.

Na ação o autor informou que é beneficiário de plano de assistência médico-hospitalar contratado junto à Unimed Natal, desde 30 de setembro de 2002. segundo ele, sofre de diabetes, insuficiência renal crônica não dialítica e dislipidemia, tendo apresentado em 17 de junho de 2011 um quadro de edema agudo do pulmão, oportunidade em que foi internado na casa de Saúde São Lucas, em Natal, sendo submetido a colocação de stent na artéria descendente anterior, circunflexa à marginal esquerda.

Afirmou que, apesar do atendimento de urgência absolutamente eficaz, com sucesso no procedimento de angioplastia, ele passou por várias intercorrências decorrentes da falta de estrutura médico hospitalar, tais como falta de prevenção à infecção efetiva e à úlcera de pressão e inexistência de equipe médica multidisciplinar em contato para tratar das comorbidades que o acometem.

Esclareceu que no período em que foi tratado no Casa de Saúde São Lucas e Promater, adquiriu uma escara de decúbito extensa, além de infecção, o que casou sua transferência urgente ao Hospital Sírio libanês, verificando-se a gravidade da patologia ocasionada pela falta de programa de prevenção no serviço hospitalar de origem.

Discorreu sobre a necessidade de tratamento em centro de referência médica para evitar risco de falecimento, decorrente da estrutura deficiente oferecida pelos hospitais conveniados a ele, os quais não oferecem o tratamento adequado ao cuidado da sua saúde.

O autor disse ainda que a Unimed Natal se negou a efetuar o pagamento das despesas médicas e hospitalares despendidas por ele para tratamento de sua saúde no Hospital Sírio Libanês, tendo dificultado, ainda, a sua remoção aérea, o que obrigou o autor a arcar com todas as despesas, as quais já chegam ao montante de R$ 721.477,57.

Argumentou que não tem mais condições de suportar tais despesas, vez que suas economias estão se esvaindo, de modo que, em não sendo deferida liminar, terá que retornar aos hospitais desta cidade, o que põe em risco a continuidade de sua vida.

De acordo com o juiz que analisou o caso, é certo que o autor contratou o seu Plano de Saúde com a firme convicção de se proteger em caso de necessidade médica, principalmente em situações de urgência como é a do caso, e quando precisou, a Unimed lhe negou a assistência imediata, embora o autor venha pagando as mensalidades regularmente.

Para o magistrado, o atendimento em local diverso daquele previsto no contrato, somente é permitido pela jurisprudência nos casos excepcionais, de urgência e emergência. Por outro lado, ele disse estar atentos que a diabetes e a insuficiência renal crônica não dialítica e dislipidemia são enfermidades que trazem em seus próprios contornos a evidente característica de gravidade e urgência nos procedimentos de controle da evolução da doença, somado ao fato de que o tratamento no centro de excelência trouxe ao paciente uma condição de saúde que inexistia nos hospitais de Natal, fazendo transparecer a excepcional urgência no atendimento do paciente. (Processo nº 0126750-32.2011.8.20.0001)

* Fonte: TJ/RN